27 May 2010

Macau - Poema

Mas a maior coisa que vi em Macau foi um poema escrito no chao, logo apos o balcao onde se usa o passaporte.

Proibido Permanecer


Ha tantas coisas que me agradam neste poema:
- estar escrito no chao
- estar escrito numa fronteira
- estar escrito em chines e portugues
- a palavra permanecer so' por si
- estar escrito a amarelo, como quem avisa mas nao castiga, como se ate pudessemos permanecer
- a aliteracao no p
- a troca dos Rs depois dos Ps
- e depois dos Ps e Rs, o balanco entre Be De e Me Ne (do bido e mane)
- o terminar em cer que e' tambem SER. Ser e' o que permanece. Depois de dito o poema transgride porque permance no seu CER final (como um eco)
- e finalmente, o paradoxo implicito: o "proibido permanecer" nao pode permanecer, e se o "proibido permanecer" nao permanece, entao ja se pode permanecer. Como quem diz: um dia, se o pensamento for suficientemente lento, ja se podera permanecer, mas hoje nao!

2 comments:

O Coxo said...

eheh

se tirasses o "man" ainda ficava mais poético :-) filosófico até ! abraço

Telemaco said...

boa! mais uma dimensao do poema!

uma variacao mais grafica e com mais movimeno (proibido quase que leva libido):

pro
   ibido
per
   man
   e
    cer -