28 May 2010

Adeus ó Esteves!

Aos anos que eu nao relia a Tabacaria!
Qual Camoes, triste Camoes! Vai desaparecer o Portugues e o Portugal do Camoes e vai ficar so Pessoa (sem artigo antes!). Nem ele propriamente ficara, ficara so aquela "pessoa" e suas vozes: os seus ecos!
E por outro lado, portugues que e' portugues sabe a Tabacaria de cor! (a descapitalizacao do p e capitalizacao do T nao e' um detalhe).

"Ah, conheço-o; é o Esteves sem metafísica.
(O Dono da Tabacaria chegou à porta.)
Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
Acenou-me adeus, gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o Dono da Tabacaria sorriu."

A palavra mais interessante desta parte do poema e' "gritei-lhe"! Como e' que e' possi'vel esta persona, a que fala no poema, gritar? Este grito e' de uma violencia incrivel Ele nao e' nada mas grita? O grito e' tao forte que recconstroi universos!

No comments: