21 March 2010

ha ... um post

Nao ha bloco de notas, desapareceu. Nao ha computador com rascunhos do inicio do ano sobre Bergson e Deleuze. Nao ha preocupacoes de vida diaria. Nao ha um destino.
Nao ha o ser, desapareceu.


Havia um ponto de entrada, as ferias no Egipto, o descanso. Havia a viagem e o turismo em Petra, o arranque. Havia depois uma aventura em Jerusalem, a confirmacao. Mas havia depois um grande salto para a China e os States com iroes e istoes no meio. Havia um pesadelo de visas e dolares. Havia que ter presente o plano de chegada, o plano de consistencia que nunca era o final mas que se consolidaria em historia, em memoria. Havia o plano do livro ainda, a leitura revertida em escrita reorganizada.

Ha so este roteiro semi-turistico e muita gente que sabe onde vai e o que quer. Ha o dinheiro que tenho de ter para food, water and shelter. Ha o Mat, 25 anos, que vive num camiao reconstruido por ele para ser uma casa com porta e janelas e o Scotch que vive ha 30 anos numa caravana algures na holanda. Ha caravanas portanto. Ha caravanas de camelos que chegam a Petra. Ha anfiteatros romanos gigantes aqui em Amman na Jordania. Ha conversas em frances. Ha, portanto, encenacao. E ha, depois, projectos, de viagem, de vida, de amor, de riso, de abracos, de trabalho, de escrita.
Caravanas encenadas por projectos.

Havera sempre seres humanos, no dia a dia, que fultuam entre mulheres e dinheiro aqui e havera sempre esta experiencia, esta memoria curto prazo do "que vient de se passer". Mas como eh que eh na memoria que apareco eu perante mim? Foucault: Como eh que, sendo que eh so nisto que _vejo (e chamo vidamundo)_ que me vejo, eu me consigo ver e ser sujeito? Bergson: Como eh que, sendo que eh so nisto em que _pareco agir_ que me vejo, eu me consigo ver e ser sujeito? E por tras do sujeito sempre um projecto de sobrevivencia.

E pela frente (o passado) do sujeito, - nao ha/havia/ha/havera sempre - o tempo (verbal).

No comments: