25 March 2010

Jerusalem

Com 38 shekels chego ah Porta de Damascus pela qual entro num mundo muito especial.
Os souks semelhantes a Fez em Marrocos, no quarteirao muculmano, dao lugar, em meia duzia de passos, a um quarteirao cristao pleno de Igrejas. Um pouco mais ah frente, tudo fica mais organizado, o quarteirao Judeu foi reconstruido nos anos 60. E se pouco atras ainda se dizia Shukran (obrigado em Arabic) aqui passeiam jovens com as suas longas trancas e negros chapeus. Ainda nao aprendi o obrigado em Hebrew e a verdade eh que sera inutil, a cada esquina uma religiao, um idioma diferente. Aqui digo thank you.

Do santo sepulcro, onde cristo foi deixado depois da cruz, sai a via dolorosa que Jesus Cristo fez ate ao calvario. Com vista para o monte das oliveiras. Entro e ha uma missa cantada. Eh aqui a igreja original. Eh aqui o altar original. Foi aqui que passou o homem. E entao todas as memorias catolicas me invadem e o corpo pede que faca os gestos do ritual. O Pai Nosso parece ser em latim cantado. O orgao toca no alto.
Ha uma sensacao de bem estar que me invade: esta eh a mecca do cristianismo. Aqui vive-se a felicidade de uma vida ao tocar na pedra da extrema uncao ou ao entrar no sepulcro. Mas para mim, com a emocao da felicidade crente, vem uma visao historica. Ele esteve aqui, nesta pedra. O homem Jesus! E no cruzamento entre as palavras e gestos rituais que aprendi e o homem que se ve no filme de pasolini encontrei um sorriso emocao. Ele eh o mais poderoso dos homens, um idolo. E eh nesse anti-cristianismo cheio de historia que encontro o Homem Jesus. Os fracos aqui, padres de diferentes cristandades, lutam a soco pelo poder dentro da igreja partilhada (2008).


Pelas 5 horas ouco os sinos da igreja a bater. Uma sensacao incrivelmente familiar mas remota, algo realmente "la de casa" aqui tao longe. Mas as 6 horas o melhor. Primeiro, o rotineiro chamamento para a oracao, alla chama 5 vezes por dia e uma delas ao por do sol, hoje, as 6 da tarde. As seis da tarde, os muitos sinos da igreja dao as 6 horas. E no minaret a menos de 100 metros bem alto tambem os canticos de alla. Alla com sinos, welcome to Jerusalem!

Amanha verei Judeus e Mulcumanos a rezar no muro das lamentacoes e o monte do templo.

The wall:
The Wall

The gun:
Safe Jewsalem

I love this picture:
Jerusalem Market

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