25 April 2010

21/4 Bangkok revisitado

Cai a noite e estao 36 graus.
O destino era a China, por terra. Mas o caminho seria longo e caro mas mais do que isso, seria um caminho frio. As passagens para a China nas grandes montanhas da asia central so abrem agora em Abril, e, se ja se pode passar, nao quer dizer que as temperaturas ja tenham passado dos zero! Isto aplica-se as passagens Irkeshtam e Torugart do Kyrgystao, Kulma pass do Tajikistao, Karakoram do Paquistao e mesmo aos caminhos do Nepal/Tibete. Quase todos com vista para os 7000 metros de altitude! Ficara certamente para um futuro essa travessia da Asia. A verdade e' que tambem nao ando muito paisagistico nesta viagem...
Ao voar entre Istanbul, Abu Dhabi e Bangkok vi no mapa muitas misturas, muitas zonas de intermitencia. Muitas possibilidades de diferenca. Fiquei triste ate por nao ver a terra a gerar a diferenca. Mas quando cheguei a Bangkok tive a recompensa: chicken rice with dry tom yam and a chang beer. O fried rice num resaturantezeco de rua e' mil vezes melhor do que quando eu o faco em casa! Damn! E a cerveja, nao e' tanto pela Chang mas mais pelo "pad", a proteccao que sempre poe nas garrafas de cerveja aqui no sudeste asiatico.

A repeticao de bangkok que e' muito menos repeticao que outras diferencas. A estacao de comboio e os resturantes em frente. Em 2007, ha 3 anos, era eu outro. Havia na altura muito para ver ainda. Bangkok surpreendia imenso. Agora tambem. O calor espalha o cheiro das coisas: da urina a's especiarias.
Em Bangkok ha revoltas. Um dos quarteiroes centrais da cidade esta tomado por um grupo de rebeldes, os camisas vermelhas. Os vermelhos sao sempre quem faz a revolta. E enquanto fazem eles a revolta contra o regime autoritario, ou pelo menos imposto, eu sigo para norte.
Em Bangkok havia certamente muitas coisas a obter, a experimentar ainda, nao viajasse eu sempre eu provisorio, no modo de quem ira' voltar mais tarde com mais tempo. Como se houvesse no futuro uma vida inteira para cada canto, para cada local que eu pudesse transformar em centro do mundo.
Do provisorio de Bangkok sigo ja caminho para Laos, no norte que se nao me apressar, sera a minha grande porta para a China. Na Tailandia ha turistas a mais. Bem, e' facil entender porque': praias, graus sempre acima dos 30 e gente gira e simpatica por todo o lado.
Laos sera diferente, diferenca em forma de campo, de rural, de cheiro a China ja, talvez.
O caminho de ferro Tailandes nao e' muito diferente do Indiano no seu melhor. Ha sleepers por todo o lado. Aqui, nas linhas ferreas, vivem-se as linhas respiratorias. Respiracao de um quente exotico. Ha tambem os cigarros com cravinho que me levam a Timor e a este Sudeste Asiatico na abertura do meu censo de mundo em 2007.

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