07 June 2010

Beijing

A Theresa hospeda-me em Beijing, Americana, professora de arte numa escola internacional em Beijing. Vive em Beijing há quase 3 anos. Apesar de não termos falado muito, e' aqui que fundamento a minha vontade de ficar na China. Enquanto esperava que ela chegasse a casa esperei junto a uma loja de conveniencia que era uma caixa de vidro de 5 metros de largura. Ali passaram 2 horas em que pude visualizar a minha estadia em Beijing: uma casa, um trabalho, uma rotina e o Chinês por todo o lado. Criei ali a minha rotina exótica.

Houve em Beijing um pouco de turismo pela cidade proibida. Sempre achei os imperadores um pouco cobardes, mas a casa deste e' interessante! A hospitalidade da gente de Beijing chegou com um longo passeio pelos parques de Beijing com a Hanxue e o Young. Eles falam das suas vidas em Beijing. Beijing cheio de bairros tradicionais. Nestes hutongs há casas baixas de pequenos tijolos cinzentos e as ruas são estreitas e não passam carros. E' a China do partido, a China das fabricas, a China comunista de cor cinzenta e antigos porticos vermelhos.

Houve um encontro de CouchSurfers onde apareceu o Suico Guillaume vindo de 3 meses no Japao a trabalhar numa quinta e a fazer Kendo; a Seen da Malasya trabalhadora da construção civil recentemente despedida da Expo 2010 em Shanghai e vinda para Beijing para montar a sua empresa (fala das suas capacidades transculturais em Chines e Ingles altamente fluentes) e a Luba da Bielorussia que aos 25 anos já teve dezenas de profissões diferentes e fala Ingles, Russo e Chines fluentemente: "if you are smart, you can do anything you want". But not for long Luba!

Depois houve muita comida, claro, e um ate breve a' China. E ainda em Beijing espalhando-se pelo Japao, chegou uma viagem mais perdida, pelas ruas de Tokyo onde quis ser, as 3 da manha sem hotel, um dos 30000 sem abrigo da cidade. Uma viagem mais so, um duelo entre mim (nos) e o mundo começou em Beijing. Começou o fim da viagem. Eu e o vazio escuro vestidos de kimono (o caos escuro). E por outro lado, aquele espaço em que já não há de que fugir (caos claro). Já não há espaço onde permanecer ou não permanecer. Naquele espaço em que já não há plano para traçar linhas de fuga. O limbo entre o caos escuro e o caos claro, portanto: uma vida fantasma virada para uma morte (sono)lenta.

Mas depois veio Osaka, o hotel cápsula e a viagem no tempo (post para breve)!

No comments: