Havia naquele tempo um patio de terra batida e se subissemos as escadas estreitas de degraus altos chegavamos ao terraco. Brincavamos. O sol intenso secava a agua que saia do balde em voo ate ao solo. E nesse voo cortado, nesses raios de sol, havia ja o embate com a pedra do chao e - com os nossos pe's - tal como eu, queimado por aquele sol, levava ja toda aquela guerra.
Tinha um peao e corda enrolada. Nos dedos encostava a carica da ponta da corda. Puxei o braco para tras e depois para baixo. Senti, na pele das costas queimadas, a agua em voo. E gotas nas canelas. O peao lancado na agua em rodopios escaldantes.
Ardia tudo ali e descemos. A tia estava no quarto de cimento sem moveis. Lavava a roupa de linho. Os meus pes da pedra do terraco para a terra do patio. Estava ja ali todo o meu toque, o meu corpo de pele aberta a's temperaturas. Estavam ja ali as aventuras.
27 April 2010
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